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KUNHANTÃ - Mulheres indígenas protagonizam programa de rádio semanal

Foto do escritor: CacosCacos

No dia 28 de abril, o programa recebe a poetisa Sony Ferseck e a artista visual Georgina Sarmento para falar sobre o livro WEIYAMÎ- Mulheres que fazem Sol


Fotos: Divulgação


PETRI.COR.ART

Com uma nova roupagem, o Kunhantã atravessa as plataformas de streaming e ganha espaço na programação da Rádio Universitária 95,9 FM. A estreia será no dia 28 de abril, às 16 horas. O programa traz entrevistas com mulheres indígenas e debate o protagonismo indígena feminino no Estado de Roraima. No comando da apresentação, está a jornalista indígena Adriã Galvão, da etnia Baré.


“O programa de rádio e o podcast são frutos da minha pesquisa enquanto estudante de graduação do curso de comunicação social-jornalismo da Universidade Federal de Roraima. Também é um chamado à necessidade de preservação da história, memória e saberes das mulheres indígenas, utilizando como ferramenta as tecnologias de comunicação”, ressalta Adriã Galvão.

As entrevistadas do dia 28 de abril são as artistas Sony Ferseck e Georgina Sarmento, autoras do livro WEIYAMÎ- Mulheres que fazem Sol, uma homenagem às mulheres indígenas, em especial do povo Makuxi. Enquanto Sony transforma em poesia a força e ancestralidade da mulher indígena de Roraima, Georgina ilustra e conversa com os versos através de bordados e pinturas.


O programa também é uma realização do grupo de pesquisa “Comunicadores indígenas e territorialidade amazônica: o protagonismo na criação de conteúdo digitais em Roraima” da Universidade Federal de Roraima (UFRR), coordenado pelas professoras doutoras Vângela de Morais e Lisiane Aguiar, do curso de comunicação social- jornalismo.


“O podcast e agora programa Kunhantã é uma forma de atualização cidadã desse potencial de comunicação emancipatória feita por indígenas e para indígenas. No projeto de pesquisa dos comunicadores indígenas que coordenamos na UFRR, estamos cada vez mais cientes de que ações dessa natureza, baseadas na escuta afetiva, são um caminho para melhorar a vida em sociedade e corrigir o sequestro da fala de diferentes povos”, destaca a professora Vângela.

Foto: Lucas Alves Amâncio

O nome “Kunhantã” faz referência à palavra Tupi Guarani “cunhantã”, que significa mulher resistente. O programa também é uma homenagem a todas as mulheres indígenas que existem e resistem em todo o Brasil. Além de uma forma de manter viva a memória. Para a professora universitária Lisiane Aguiar, o projeto é um incentivo à criação de outros saberes e narrativas para a preservação da memória identitária e fortalecimento da autonomia comunicacional de mulheres indígenas que vivem em Roraima.

“Além de inovador, o projeto conta com a sensibilidade da apresentadora que desenvolveu uma pesquisa teórica-metodológica comprometida sobre o assunto. Agora o programa será a materialização de todo esse conhecimento tão bem problematizado no trabalho de conclusão do curso de jornalismo”, completou Lisiane.

Entre as participantes confirmadas para o programa também estão a jornalista Mayra Wapichana, a médica Suênia Manduca, a comunicadora Glycya Macuxi e a liderança indígena, Alcineia Pinho. A cada entrevista, personalidades femininas contam um pouco da sua trajetória e vivência em um bate-papo descontraído, com muitas histórias e uma playlist musical totalmente composta por artistas indígenas brasileiros.

 
 
 

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