As redes sociais foram a principal ferramenta utilizada para novos negócios nesse período.

Foto: divulgação
Em razão da pandemia da Covid-19, muitas pessoas passaram a maior parte do último ano isoladas em casa e deixaram de praticar qualquer atividade que exigisse sair do local. Então, viram na prática de novos hobbies uma forma de se distrair da realidade e ainda se divertir, mas, para alguns, a prática de lazer se transformou em um negócio.
Esse foi o caso da Idalina Corrêa, de 22 anos, que abriu uma loja virtual de peças feitas de crochê, @tbcroche_. A jovem explicou que o período de isolamento social estimulou ela a querer trabalhar com as redes sociais e a ter um negócio próprio.
Idalina ressaltou que sempre tem retorno dos clientes pela internet, desde que criou a página no Instagram, em abril de 2020.
“Eu tive um retorno incrível do público. Muitas pessoas encomendaram de mim e depois recomendavam a loja para outras pessoas, então foi muito legal, eu achei maravilhoso”, explicou.

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A artista confessa que tem dificuldade em conciliar os estudos e o negócio, mas que sempre tenta se planejar para dar o melhor de si nos dois, por ser uma pessoa perfeccionista e que tem planos para no futuro aumentar sua loja.
“Eu estou dedicada ao meu crochê e a minha faculdade, mas mais aos estudos. Pego poucas encomendas agora para poder conciliar e assim, consigo preservar meu psicológico também. O meu sonho é aumentar e expandir bastante o negócio”, afirmou.
Mas algumas pessoas aproveitaram o período em casa para se aventurar no mundo da leitura, como é o caso da a estudante Luiza Avelino, de 17 anos.
Ela conta que passar tanto tempo sozinha foi o que a levou a procurar por um novo hobby: a leitura. Com o tempo, passou a sentir vontade de compartilhar sobre o que tinha lido e, então, decidiu criar, em junho de 2020, o @estantedalou, no Instagram.
“Quando começou a pandemia, eu fiquei muito sozinha, pois foi minha primeira experiência e de todos da minha idade passando por um isolamento social. Então, eu decidi pegar um livro para ler e foi aí que tudo começou”, contou.
Luiza comentou que descobriu um nicho nas redes sociais, em que as pessoas se reúnem para falar sobre livros, chamado de ‘booktube’ ou ‘bookgram’, e achou que seria uma boa ideia entrar no meio para conhecer mais pessoas e também influenciar a leitura de outros.

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“O @estantedalou começou sem nenhum seguidor e hoje já atingiu 14 mil pessoas. Antes eu via como uma forma de diversão e fuga da realidade terrível do coronavírus, mas hoje se tornou um trabalho. Com certeza a melhor parte é a interação com os seguidores. Eu sempre acordo, posto um ‘stories’, pergunto como as pessoas estão e o que estão lendo”, finalizou.
Com o trabalho de influenciadora na internet, muitas pessoas como a Luiza tem a oportunidade de fechar parcerias com marcas famosas, e no caso de bookgram, as editoras e os artistas “solo” podem enviar livros para que os influenciadores façam divulgação da marca.
Repórter: Yasmim Trindade
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