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Festivais de rock em Roraima nos anos 80

Os festivais de rock nos anos 1980 foram importantes para impulsionar a criação de um cenário do estilo musical no estado.


Banda Naja em um festival nos anos 80 — Foto: Reprodução/ Arquivo pessoal.

No mês de julho comemora-se o dia internacional do rock, dia 13. Em alguns lugares do Brasil e do mundo são realizados eventos para festejar. Em Roraima, a partir da data comemorativa, apresentações de artistas nacionais, como Pitty e Detonautas, ocorrerão no 15º Encontro de Motos de Alta Cilindrada.


Mas para falar de rock em Roraima é necessário voltar aos anos de 1980. A década foi o ápice do estilo musical no estado devido aos festivais de rock. De acordo com, o ex-baixista da banda Naja e professor, Jorge Holanda, as festividades foram um combustível para o desenvolvimento do estilo musical no local.


“Os grupos surgiram, o público interessado no rock nasceu, os comerciantes começaram a disponibilizar espaços em seus estabelecimentos para as apresentações e os empresários contrataram bandas nacionais conhecidas, como Capital inicial, Zero, Tokyo e Engenheiro do Hawaii, com o intuito de realizarem shows”.

Os festivais realizados entre 1986 e 1987, possuíam uma estrutura de boa qualidade, organização e eram totalmente voltados aos grupos do antigo território. De acordo com os componentes da extinta banda Naja, o público participava da atividade e eram compostos tanto por estudantes quanto pela população geral.


Idealizados pelo artista plástico e escritor, Miranda de Aquino, os primeiros festejos iniciaram no final do ano de 1986 nas escolas estaduais Maria das Dores e Euclides da Cunha. Já os últimos foram idealizados pelo empresário do ramo artístico de São Paulo, Américo, no bairro Senador Hélio Campos e no Grêmio de Subtenente e Sargento de Boa Vista (GRESSB) no final de 87. A banda vencedora recebia um prêmio em dinheiro na faixa de mil a dois mil cruzeiros. Além da quantia, os artistas ganhavam o reconhecimento da população.


Banda Naja em um festival nos anos 80 — Foto: Reprodução/ Arquivo pessoal.

Antes dos festivais, o estilo rock'n roll não era tocado em Roraima. De acordo com o jornalista e ex-vocalista da Naja, Odely Sampaio, o gênero escutado no estado, antes dos anos 80, era somente o da Jovem Guarda. O músico enfatizou a importância da Naja e de outras para o rock roraimense,


“O estilo musical começou com a minha geração”, finalizou Odely. Clóvis Barbosa, baterista e companheiro do mesmo grupo, acrescentou, “as bandas anteriores focavam em vários estilos e eram as bandas de baile”.

Para Jorge e Odely, na região norte não existia um movimento de rock além do roraimense. Os dois colegas de banda compartilharam sobre a falta de confiança da população de fora em relação a capacidade de Roraima,

“as pessoas não acreditavam que território pequeno tinha uma cena de rock grande”, finalizou Jorge.

Segundo os ex-integrantes da banda Naja, com o fim dos anos 80 e a saída do empresário Américo de Roraima, os festivais de rock com premiação acabaram e, consequentemente, o cenário decaiu.


Odely Sampaio participando de um festival com banda Naja nos anos 1980 — Foto: Reprodução/ Arquivo pessoal.

Repórter: Ana Karoliny Holanda.

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