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Endometriose - prevenção e sintomas da doença que afeta uma a cada 10 mulheres no Brasil

Foto do escritor: CacosCacos

Foto: Nilzete Franco


A endometriose é uma doença que afeta uma a cada 10 mulheres no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Endometriose (SBE). A partir da presença de uma inflamação no endométrio, camada externa responsável pelo revestimento do útero, é gerado um crescimento anormal do endométrio fora do útero, principalmente em locais como intestino, bexiga e tubas uterinas.


Um dos principais fatores desencadeadores da doença é a menstruação. No entanto, não se sabe ao certo a origem da endometriose, são fatores imunológicos, genéticos e entre outros que tornam a mulher suscetível ao desenvolvimento da doença.


Segundo a ginecologista Fernanda Pelizzetti, a doença pode ocorrer de forma silenciosa, devido ao principal sintoma, a cólica, ser bastante comum entre as mulheres, especialmente as mais intensas. Dentre os sintomas sentidos, os mais comuns ocorrem durante as relações sexuais, o período pré-menstrual, durante a menstruação e alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação.


"Os primeiros sinais podem aparecer nas primeiras menstruações a partir das cólicas intensas. O diagnóstico geralmente é demorado porque os primeiros sinais, são levados como algo natural para as mulheres que também em alguns casos podem ser assintomáticas ou apresentar queixas além das cólicas menstruais, como dores durante e após as relações sexuais, dor pélvica crônica ou infertilidade”, destacou.

Antes de Maria Rosângela, 41 anos, ser diagnosticada com endometriose há seis anos, já em estado avançado, passou um ano com fortes dores no pé da barriga e cólicas menstruais intensas. A auxiliar de serviços gerais chegou a cogitar a possibilidade de estar com câncer, até que, após um ano, buscou ajuda especializada.


"Passei um certo tempo sentindo fortes dores mas nunca procurei uma ajuda especializada, até que um dia decidi fazer uma ultrassom e o médico me deu o diagnóstico de adenomiose, fiquei desesperada imaginando que estava com câncer, e comecei a pesquisar sobre a doença, até que fui em outra consulta com um ginecologista ele me mandou fazer uma ressonância foi aí que então consegui o diagnóstico certo da endometriose que estava bem avançado, próximo ao reto", disse.

Após a avaliação médica, Maria relata que iniciou os tratamentos com o uso de anticoncepcionais e de um medicamento específico indicado por um ginecologista.


"Comecei vários tratamentos, o primeiro foi o uso de anticoncepcionais, e tomei várias medicações, porém nenhuma fazia efeito no meu organismo até que procurei outro especialista e encontrei um ginecologista muito especializado em endometriose que me passou uma medicação que uso até hoje, porém, antes disso procurei realizar a cirurgia pelo SUS porém nunca tive um retorno", concluiu.

O diagnóstico da endometriose pode ocorrer por meio de exames transvaginais, ultrassonografia e ultrassom, procedimentos que são capazes de detectar a doença no útero. O mais adequado é o exame de ressonância para o diagnóstico da Endometriose.


As principais formas de tratamento são o tratamento clínico medicamentoso, com medicamentos que suspendem a menstruação, o principal medicamento é o hormônio chamado gestrinona que pode ser usado em forma de implante ou em forma de óvulos vaginais. O tratamento cirúrgico e os procedimentos de reprodução assistida podem se apresentar de várias formas, o tratamento é proposto dependendo de cada situação específica da doença, como idade, sintomas e desejo materno da paciente, já que a endometriose afeta o processo de gravidez.



Repórter: Iuri Ribeiro






 
 
 

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