top of page

Comunidade Indígena colhe bons resultados do plantio de feijão

Foto do escritor: CacosCacos

Trabalho contou com participação de 15 famílias e auxílio do poder público, feijão colhido vai para venda nas feiras da capital e auxilia na renda da comunidade.


Fotos: Carlos Barroco


Plantio de Feijão Caupi, na Zona Rural de Boa Vista. Foto: Carlos Barroco


Plantação que mais parece um tapete da cor verde, resultado de 2 meses de trabalho na comunidade indígena Campo Alegre, na região do baixo São Marcos, uma das primeiras de Boa Vista que fizeram o plantio de feijão caupi.


Tuxaua da Comunidade Indígena Campo Alegre, José Leal


"Hoje nós estamos aqui na colheta junto com os alunos, a gente também está trazendo eles para que também tenham mais gosto pela plantação. Porque muitas vezes a gente aqui da área indígena não tem condições de manter um filho na faculdade depois do ensino médio e aqui é uma boa aula pra eles", disse José Leal, tuxaua da comunidade Campo Alegre.

Estudantes Indígenas na colheita de feijão


Os alunos em questão estudam na escola estadual Lino Augusto da Silva. Como a estudante Iracema, que está no 9° ano e acordou cedo para ajudar na colheita.


"Como a gente vai fazer a formatura estamos arrecadando dinheiro esses dias. Então o Tuxaua conversou com a gente para que ajudássemos na colheita e que ele nos ajudaría na formatura. Estamos aqui desde manhã e já colhemos 3 sacos de feijão, nos ensinaram a como colher da melhor forma também. É divertido, está sendo bom, mas depois cozido o feijão é melhor ainda, né?", brincou a estudante.

Estudante do 9° ano, Iracema, ajudando na colheita.


A cultura no local deveria ser de milho, mas por conta da dificuldade do período chuvoso foi preciso fazer uma adaptação e plantar feijão caupi. O espaço é de três hectares e o resultado foi 110 sacas de feijão verde na vargem por hectare.

Colheita de Feijão Caupi na comunidade Campo Alegre, Zona Rural de Boa Vista.


O feijão caupi possui um ciclo de 60 dias e no verão precisa de somente duas ou três chuvas para se desenvolver. Após a colheita, parte do feijão vai para as feiras da capital onde é vendido, outra parte fica na comunidade para ser divida entre as 15 famílias que ajudaram no plantio.


Saca de feijão caupi na vargem


O trabalho realizado em parceria com o poder público. Com apoio da Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas (SMAAI), que auxilia com máquinas, implementos para preparo do solo e plantio. Além dos insumos e sementes para diferentes culturas e também com auxilio técnico.


“Fizemos a correção do solo, 4 toneladas por héctare. O feijão tem o ciclo de 60 dias, é ser uma cultura que não precisa de muita água para se desenvolver. Mas a parceria com a comunidade é essencial, no caso do feijão a colheita manual e eles têm essa facilidade de ter essa parte da mão de obra disponível", explica Ariosto Aparecido Brito, Técnico em Agropecuária da SMAAI.

Tuxaua José e Técnico Ariosto exibindo feijão caupi


A continuidade do trabalho é essencial pra que o retorno cumpra sempre as boas expectativas. E o resultado o ajuda muito a comunidade.


“Traz um retorno muito bom, porque aqui a gente vai colher todinho vai ensacar e dividir com a própria comunidade. Uma parte a gente vai vender pra ter uma produção no ano que vem e outra parte dividir pra comunidade pra ele fazer o que quier, comer, vender. O que dá uma boa da uma boa renda também. Graças a Deus a produção tá boa e vocês podem ver que tá tudo ótimo" finalizou José Leal, tuxaua da comunidade.

Repórter: Carlos Barroco.
7 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page