Propostas selecionadas farão parte da 1ª Edição do evento que acontecerá em Belém.
Fotos: Divulgação
A Bienal das Amazônias lançou edital para seleção de seis propostas artísticas que comporão a programação da Bienal das Amazônias 2023/2025 1ª Edição. As inscrições começaram no dia 10, por meio do site https://prosas.com.br/ e será específica para a modalidade "Arte Performática".
Os trabalhos selecionados receberão cachê de R$ 2,5 mil, além de sua execução custeado pela Bienal das Amazônias. O evento será realizado em Belém, entre agosto e outubro de 2023, e vai movimentar o cenário cultural com a arte contemporânea protagonizando a reflexão sobre as diversas Amazônias que formam esse território para além do Brasil.
A Bienal das Amazônias é um projeto realizado por meio da Lei de Incentivo Federal à Cultura Rouanet, com Patrocínio Master do Instituto Cultural Vale e patrocínio do Mercado Livre. A realização é da Apneia Cultural, Ministério da Cultura, Governo Federal com apoios da Embaixada da França no Brasil, Instituto Francês, Goethe Institut, Secretaria de Cultura do Pará, Governo do Estado do Pará, Fundação Cultural do Município de Belém, Prefeitura de Belém, Museu da UFPA, Universidade Federal do Pará, Fadesp, Instituto Peabiru, Instituto Inclusartiz.
A operacionalização de inscrições dos projetos ficou a cargo da empresa de tecnologia para ações de impacto social, Prosas, também apoiadora da Bienal das Amazônias.
De acordo com o edital, podem se inscrever pessoas físicas ou jurídicas, coletivos ou grupos e Microempreendedores Individuais (MEI) do Brasil ou do exterior, em especial, os que residem em Estados da Amazônia Legal ou países da Pan-Amazônia. Os interessados devem comprovar a atuação na atividade artístico-cultural ou em artes performáticas.
São considerados comprovantes de atuação fotografias, certificados de menção honrosa, participações em concursos com júri, matérias de links, livros, folders, recortes de jornal, folhetos, material audiovisual, clipping, alvará ou declarações de Prefeituras ou de órgãos públicos, entidades, associações comunitárias ou culturais, entre outros documentos específicos.
Conforme o edital, os projetos podem ter, como parte de suas apresentações, recursos diversos como audiovisual, fotografia, literatura e música, desde que justificados e sem desvirtuar o segmento Artes Performáticas. Necessidades de técnicas e infraestrutura especiais devem ser indicadas expressamente e quantificadas para que seja realizada avaliação da viabilidade de sua execução.
A habilitação é a classificação das propostas inscritas serão realizadas em duas etapas. A primeira será a análise preliminar, para apreciação da documentação e verificação do cumprimento de todas as formalidades do edital. As propostas habilitadas serão submetidas à análise artística de comissão curatorial para avaliação do conteúdo, tendo caráter classificatório e eliminatório.
Um dos critérios de análise artística é o valor cultural / atributos artísticos da proposta, considerando a sua contribuição para o desenvolvimento, inovação, reconhecimento, difusão, valorização e/ou preservação da expressão artística. Outro é a relevância da proposta, sua originalidade, autenticidade e singularidade.
A comissão curatorial responsável pela análise artística é composta por Keyna Eleison, Vânia Leal, Sandra Benites, Ana Clara Simões Lopes e Glauce Santos. Elas integram a Sapukai, nome dado ao corpo curatorial da Bienal das Amazônias.
O resultado preliminar da inscrição será divulgado no dia 23 de março, enquanto a avaliação documental será realizada de 27 a 29 e a artística, de 29 de março a 5 de abril. O resultado final da seleção está previsto para 6 de abril, conforme o calendário disponível no edital de abertura, que também traz todas as regras para participação.
Bienal - A Bienal das Amazônias foi lançada em janeiro, em Belém. A curadoria "Sapukai" está trabalhando com o tema "bubuia", que nas cidades amazônicas significa suspenso sobre as águas do rio, como que integrado ao ambiente, observando e se deixando levar pela correnteza. O termo é usado pela Sapukai como uma metáfora do que se espera dos trabalhos que comporão a exposição.
"Bubuiar perpassa pela sabedoria dos povos que sabem se adaptar a esse meio ambiente. Quem sabe bubuiar, sabe observar, sabe verificar o tempo e o movimento das marés, sabe conviver com os territórios múltiplos, facetados, percorrendo as alternâncias dessas águas onde habitam. E tiram proveito desses recursos que estão à seu favor, sem danificar o seu entorno", diz Vânia Leal.
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