top of page

Alunos do IFRR criam 'irrigadora inteligente' que molha as plantas quando solo está seco

Projeto é feito pelo Campus Bonfim e junta robótica com programação para facilitar a agricultura.


Por Caíque Rodrigues


Foto: Caíque Rodrigues


Estudantes do Instituto Federal de Roraima (IFRR) criaram uma "irrigadora inteligente" capaz de identificar quando o solo está seco e acionar mangueiras para molhar plantações. Os alunos, de 15 a 17 anos, fazem parte de um projeto de robótica coordenado pelo professor Rommel Rocha no campus do IFRR do Bonfim, Norte do estado.


ideia é juntar inovação com agricultura e preparar os alunos — que são estudantes do curso técnico em agronoecologia e administração —para o mercado de trabalho.


"Essa pesquisa começou com os primeiros projetos voltados para a programação que realizamos. Temos projetos em que oferecemos cursos de programação para alunos do Ensino Fundamental em escolas estaduais. Com o tempo, nossos cursos passaram a ser voltados para as áreas agrárias, o que nos levou a desenvolver pesquisas relacionadas à tecnologia e programação para resolver problemas no campo", conta o professor.

Foto: Caíque Rodrigues


Ele descreve que o irrigador está equipado com um sensor que avalia a umidade do solo. Com base nessa informação, o sistema determina se a irrigação é necessária. Adicionalmente, emprega-se um robô da plataforma Lego para criar um sistema capaz de realizar previsões meteorológicas, considerando fatores como precipitação e índice de chuva.


"Em uma linguagem menos técnica, o sensor que desenvolvemos detecta a umidade do solo, acionando a irrigação quando necessário. Utilizamos um sistema programado com base em valores específicos. Tudo começou com nosso projeto de robótica e programação no Ensino Fundamental, evoluindo para linguagens mais complexas à medida que os alunos progrediam".

Foto: Caíque Rodrigues


Uma das alunas que participam do projeto é Olivia Silva, de 16 anos. Para ela, participar e mostrar o projeto é uma honra. Ela destaca que o projeto não é "um bicho de sete cabeças".


"Estou gostando bastante desse trabalho, que tem o potencial de promover inovação, especialmente para aqueles envolvidos na agricultura. Este projeto é dedicado à sociedade, onde mostramos de forma simples o que conseguimos realizar. Não é tão complicado quanto parece, e conseguimos transmitir essas informações de maneira acessível".

Os participantes deste projeto são estudantes sob a orientação da professora Karla Tabosa. Ela enfatiza a natureza inovadora da iniciativa do Campus ao incorporar tecnologia nas aulas. A professora destaca que, mesmo não sendo alunos da área de informática ou cursando disciplinas técnicas nesse campo, os estudantes de Agroecologia e Administração conseguem integrar a tecnologia de maneira significativa em suas atividades.


"Observamos com satisfação o impacto da tecnologia em diversas áreas, incluindo Agroecologia, como demonstrado no projeto de irrigação automatizado apresentado. Além disso, desenvolvemos projetos de robótica educacional, atendendo escolas municipais e estaduais do Ensino Fundamental. Estamos proporcionando acesso à tecnologia a alunos que, muitas vezes, não têm laboratórios de informática em suas escolas", diz a professora.



Foto: Caíque Rodrigues


Segundo o professor Rommel, as atividades apresentadas atualmente são todos protótipos produzidos com o auxílio de uma impressora 3D. No entanto, a visão para o futuro envolve a exploração de um dispositivo denominado "venture", projetado para oxigenar a água utilizada nos tanques de piscicultura.


"Os alunos são fundamentais nesse projeto de pesquisa, pois serão os futuros profissionais atuando nessa área. Através desse trabalho, eles têm a oportunidade de montar sistemas, entender sua aplicação no campo e participar de aulas práticas que aplicam tecnologias para o desenvolvimento de suas habilidades e preparação para o mercado de trabalho".


A ideia é expor na feira para mostrar ao setor e à sociedade que o Instituto Federal "trabalha na área de tecnologia e desenvolvimento, focando na melhoria das condições no campo, tanto na arquitetura quanto na psicultura e na produção animal". Para o professor, é uma honra tocar o projeto com os alunos do Campus.


"É gratificante ver como essa abordagem tecnológica tem impacto no campo e na formação de profissionais para que eles sejam cada dia mais capacitados", finaliza o professor.



Foto: Caíque Rodrigues

 
 
 

Comments


bottom of page