O objetivo da pesquisa é analisar o conhecimento das mulheres em relação aos seus direitos
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Para coletar informações sobre o conhecimento das mulheres em relação aos direitos do público feminino as políticas públicas de proteção, alunos do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Roraima (UFRR) estão realizando uma pesquisa de formulário online. A pesquisa inicia no dia 07/09/2021 e segue até o dia 14/09/2021 às 23:59.
Sem restrição e de simples acesso, o objetivo da pesquisa é analisar dados reais, em diferentes contextos, a fim de entender os níveis de conhecimento sobre os direitos das mulheres e o poder legislativo da Lei Maria da Penha, após seus 15 anos de sanção, como explica uma das alunas envolvidas no projeto, Adriã Galvão.
“O conhecimento muda nosso dia a dia, a forma como enxergamos nossos direitos e lutamos por eles. Após 15 anos, é necessário que se tenha conhecimento real desse poder para que se corrija diversos fatores deixados de lado. O excesso de informação pode gerar mais seriedade à lei, implicando na diminuição da normatização de violência doméstica”
Para analisar os dados de maneira precisa, a pesquisa apresenta questões cujo as respostas são de cunho pessoal, auxiliando na melhor coleta de dados. Os interessados podem acessar a pesquisa no link: https://forms.gle/L9B3jJoQkFhhfiJN8
Lei Maria da Penha – Em 1983, Maria da Penha foi vítima de dupla tentativa de homicídio por parte de seu ex-marido, Marco Antonio Heredia Viveros. A Lei Maria da Penha foi sancionada 23 anos depois, em 7 de agosto de 2006 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A lei, resumidamente, define que a violência doméstica contra a mulher é crime e aponta as formas de punir legalmente a agressão, além de conceder medidas protetivas de urgência.
De acordo com dados do DATASENADO, em 2017, 100% das mulheres já ouviram falar sobre a Lei Maria da Penha, entretanto, o Brasil ainda é o 5° país com o maior número de mortes de mulheres no mundo.
A socióloga Marcia Maria, explica que apesar dos conhecimentos da população a respeito da existência da Lei, ainda existem inúmeros fatores preponderantes que distanciam as mulheres dos direitos legais e um deles é a falta de informação que gera insegurança nas vítimas.
“Muitas mulheres ainda vivem em um contexto em que se normatiza a violência. Quanto mais mulheres tiverem consciência e conhecimento dos seus direitos enquanto pessoa, e se posicionarem na defesa concreta desses direitos, mais a lei encontrará espaço para se efetivar. Para isso, nós precisaríamos de uma rede de articulação envolvendo toda a sociedade, partindo das normativas de educação, dos movimentos de bairro e até da igreja”, finalizou.
Repórter: Geovana Vieira
Ótimo parabéns
uQ
Parabéns !