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7 de Junho - Dia Nacional da Liberdade de Imprensa

Foto do escritor: CacosCacos

Foto: Banco de imagens/Freepik


Neste dia 7 de junho é celebrado o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa. A data é em alusão ao direito que os profissionais da comunicação possuem de levar informações de forma livre.


A data foi instituída após a assinatura do manifesto pela liberdade de imprensa. O documento foi assinado em junho de 1977 por mais de dois mil jornalistas que cobravam por mais liberdade de expressão no Brasil, já que o país vivia sob regime militar. Após o fim da ditadura, o dia 7 de junho se tornou o dia nacional da liberdade de imprensa.


A liberdade de imprensa é fundamental para o funcionamento de uma sociedade livre, como destaca o jornalista e apresentador Robson Moreira. Segundo ele, a liberdade dos veículos de imprensa do país são garantia de um bom funcionamento da democracia.



“A sociedade necessita de informação, que precisa ser verdadeira, checada e apurada, e isso precisa ser feito pelo jornalista, sem qualquer retaliação, ameaça ou agressão. Então isso é a liberdade de imprensa, o jornalista poder informar sem qualquer interesse político, se vai agradar lado A ou lado B, para toda sociedade de forma livre. E essa liberdade vai garantir que a sociedade tenha uma vida de forma democrática”, pontuou.

Outra profissional que destacou a importância da data foi a chefe de redação do Jornal Roraima em tempo, Rosi Martins. Segundo a jornalista, os profissionais da imprensa desempenham um papel importante no processo de noticiar os fatos.




"Antigamente os profissionais da comunicação eram muito perseguidos pelo governo, já que o nosso trabalho mostrava um lado que eles não queriam que fosse mostrado. A liberdade de imprensa é sobre o direito do cidadão de ser informado, de receber uma informação bem apurada, com fontes seguras e com profissionais que estudaram para isso. Nós temos uma responsabilidade muito grande, porque a liberdade de imprensa não é só o direito de informar, mas também sobre passarmos a informação de forma ética”, disse Rosi.

Para o acadêmico de jornalismo e repórter do portal de notícias G1 Roraima, Caíque Rodrigues, a liberdade de imprensa significa resistência, e também o próprio jornalismo, pois o jornalismo não existe sem a liberdade.



"Para que haja um jornalismo ético, moral e totalmente a serviço da comunidade, é preciso que haja liberdade. É preciso que a gente tenha uma imprensa livre, independente e sem medo de qualquer represália. Acredito que fazer jornalismo no estado de Roraima é um ato de resistência, ainda mais com recentes acontecimentos que colocaram em cheque a nossa liberdade enquanto comunicadores", comentou.

Ataques à imprensa


O ranking mundial da liberdade de imprensa, é publicado desde 2002 pela organização não governamental “Repórteres sem Fronteiras”, e por meio de um questionário respondido por especialistas, o ranking lista o grau de liberdade dos jornalistas de 180 países. Em 2022, o Brasil ficou em 110° lugar, ano passado o país se encontrava na posição 111°.


O Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, disponibilizado pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) mostra que, no ano de 2021, foram registradas 430 agressões, duas a mais que no ano de 2020.


Segundo o relatório da FENAJ, o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, desde que assumiu a presidência em 2019 se tornou o principal autor de ataques contra a imprensa. Em 2021 o presidente foi o responsável por 34,19% das ocorrências, 129 tentativas de descredibilização da imprensa e 18 agressões diretas contra jornalistas.

 
 
 

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